Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil

Banco Mundial e Governo Catarinense Trabalham Juntos para Reduzir Riscos de Enchentes

Foto: Divulgação/SPDC

A segunda missão do Banco Mundial em Santa Catarina está em andamento, dando continuidade ao programa Santa Catarina Resiliente e Protegida, que busca reduzir os riscos de desastres naturais, especialmente enchentes e enxurradas. O financiamento do projeto inclui obras estruturantes no Vale do Itajaí, bem como estudos técnicos para aprimorar a gestão de riscos no estado.

Durante esta etapa, técnicos do Banco Mundial, representantes do Governo de Santa Catarina e gestores municipais estão realizando ajustes no escopo do financiamento. Entre as mudanças já definidas, destaca-se a retirada da Barragem de Botuverá, que será custeada com recursos próprios do estado. Já a Barragem de Mirim Doce permanece no programa, reforçando a estratégia de prevenção a enchentes na região.

A visita da missão também contou com a presença da Secretária de Articulação Nacional de Santa Catarina, Vânia Franco, que esteve na sede da Defesa Civil para reforçar a importância da parceria com o Banco Mundial. Segundo ela, a cooperação vem sendo trabalhada desde 2023, tanto no âmbito estadual quanto no Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (CODESUL), que reúne os estados do Sul do Brasil.

“É um trabalho extremamente importante. Estamos desde 2023 atuando junto à Defesa Civil e também ao CODESUL, com os quatro estados que pertencem ao Conselho. Hoje é um momento especial para Santa Catarina, porque estamos avançando cada vez mais na proteção e defesa civil do estado. Aproveitar a expertise do Banco Mundial é um grande ganho para nós”, destacou Vânia Franco.

A parceria tem possibilitado a troca de experiências com especialistas que atuam em projetos de mitigação de desastres em diferentes partes do mundo.

“Esse é o momento de trabalhar em conjunto, absorver ao máximo o conhecimento e as soluções que o Banco Mundial já implementou em diversos países. Santa Catarina só tem a ganhar com isso”, concluiu a secretária.

Soluções inovadoras para mitigação de desastres

O Secretário de Estado do Planejamento, Edgard Usuy, que acompanha as negociações desde a primeira visita do Banco Mundial, enfatizou a relevância desse processo para o futuro de Santa Catarina.

“Esse é um projeto muito relevante para o estado, uma dívida histórica do poder público com os catarinenses. O governador Jorginho Mello colocou isso como prioridade zero. Agora, estamos em um ajuste fino, com a participação dos municípios, o comprometimento do governo e a expertise do Banco Mundial, que atua globalmente nessa questão de enchentes e enxurradas”, ressaltou Usuy.

O programa não se limita apenas a grandes obras de infraestrutura, como barragens e diques. Segundo Usuy, a abordagem do Banco Mundial incorpora diferentes tipos de soluções para aumentar a resiliência das cidades catarinenses.

“O Banco Mundial trabalha com três tipos de soluções: as cinzas, que são as obras estruturantes, como barragens e diques; as verdes, que são baseadas na natureza; e as azuis, que envolvem a integração da dinâmica dos rios e do ciclo da água. No passado, um estudo da JICA (Agência de Cooperação Internacional do Japão) focava mais nas soluções cinzas, mas hoje o mundo adota práticas mais amplas e sustentáveis, e Santa Catarina já está incorporando essa nova abordagem”, explicou o secretário.

Foto: Divulgação/Banco Mundial

Essa integração de diferentes estratégias permitirá que o estado tenha um planejamento urbano mais eficiente e adaptado à realidade das mudanças climáticas.

O Secretário da Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina, Mário Hildebrandt, destacou que a parceria com o Banco Mundial representa um avanço na política estadual de prevenção de desastres.

“Essa missão do Banco Mundial reforça a importância de um planejamento integrado e de longo prazo para Santa Catarina. A resiliência não se constroi apenas com obras, mas com planejamento, engajamento dos municípios e soluções que considerem a realidade do nosso estado. Estamos trabalhando para garantir que as futuras gerações tenham mais segurança diante dos eventos climáticos extremos”, afirmou Hildebrandt.

Experiência internacional e planejamento integrado

A missão do Banco Mundial também tem servido como uma oportunidade para trocar experiências com iniciativas similares ao redor do mundo. Usuy, que recentemente esteve no Japão estudando estratégias de enfrentamento a desastres, destacou que a questão das enchentes é um problema global e que soluções integradas estão sendo adotadas em diversos países.

“Vi ações em 11 países, em todos os continentes. O que percebi é que, independentemente das diferenças regionais, as soluções precisam ser pensadas de forma sistêmica. Precisamos interiorizar essa cultura, incorporando essas práticas no nosso dia a dia, desde a reforma de uma escola até a construção de um novo quartel. O objetivo é que todas as 15 bacias hidrográficas de Santa Catarina sejam estudadas e recebam soluções integradas”, afirmou.

Impacto econômico e social

Santa Catarina se destaca nacionalmente pela sua economia forte, com taxa de desemprego de apenas 2,8%. No entanto, as enchentes representam um grande desafio para o desenvolvimento do estado.

“Nosso estado é pujante, a economia vai muito bem, temos pleno emprego, mas quando a chuva vem, nada disso importa. Precisamos cuidar disso com responsabilidade, porque não temos como controlar o céu, mas podemos nos preparar melhor para enfrentar esses eventos extremos”, concluiu Usuy.

A segunda missão do Banco Mundial segue ao longo da semana, com novas reuniões e discussões sobre o direcionamento dos investimentos. A expectativa do governo catarinense é garantir um planejamento robusto e ações eficazes para tornar o estado mais resiliente e preparado para o futuro.

ASCOM | SDC
Texto: Grasiele Aguiar
ASCOM – Assessoria de Comunicação
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