Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil

Proteção e Defesa Civil convoca o GRAC para Discutir Ações Preventivas Contra a Estiagem em Santa Catarina

A previsão é que a chuva mal distribuída possa contribuir para um possível agravamento de estiagem, especialmente no oeste do estado. Foto: Airton Fernandes

O Grupo de Ações Coordenadas (GRAC) se reuniu hoje, sob a coordenação da Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil, para discutir e traçar estratégias preventivas em resposta a uma possível estiagem em Santa Catarina. O encontro contou com a participação de diversas instituições e agências reguladoras e teve como principal pauta as previsões climáticas que indicam a possibilidade de um fenômeno La Niña, o qual pode afetar a região nos próximos meses.

O fenômeno La Niña é caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico Equatorial, afetando diretamente os regimes de chuvas em várias regiões do mundo. No caso de Santa Catarina, a previsão é que a chuva mal distribuída possa contribuir para a instalação de um evento de estiagem, especialmente no oeste do estado e nos Planaltos. As consequências podem afetar o abastecimento de água, o agronegócio e a saúde pública.

Durante a reunião, técnicos da Meteorologia e Hidrologia da Defesa Civil apresentaram os cenários mais atualizados. No Grande Oeste, a quantidade de chuvas está abaixo da média nos últimos seis meses, e a previsão é que os próximos três meses sejam  mais secos o que é característico das estações de outono e inverno, o que acaba preocupando, pois a estiagem, embora ainda classificada como fraca, pode se intensificar ao longo dos meses, causando danos tanto para a população quanto para o setor produtivo.

Atualmente, quatro municípios catarinenses já enfrentam situações de emergência devido à estiagem. Monte Carlo, Celso Ramos, Vargem e Herval do Oeste decretaram estado de emergência por estiagem no Nível I. Embora esses municípios ainda consigam administrar os impactos localmente, todos estão em alerta.

O gerente de operações da Proteção e Defesa Civil, Aldrin de Souza, que coordenou a reunião, destacou a importância de ações antecipadas. “A estiagem é um evento gradual, e seus danos são cumulativos. Não podemos esperar que a situação piore ainda mais, por isso, estamos preparando a resposta com bastante antecedência”, afirmou.

As medidas discutidas incluem a implementação de planos de contingência, o monitoramento contínuo das condições climáticas e o reforço no abastecimento de água. Além disso, a agricultura, que é diretamente afetada pela seca, pode sofrer com perdas nas colheitas, especialmente no oeste do estado se a estiagem se instalar na região.

La Niña e Seus Efeitos

De acordo com o meteorologista chefe da Proteção e Defesa Civil, Felipe Theodorovitz, o fenômeno La Niña vem se intensificando nos últimos meses com o resfriamento das águas do Oceano Pacífico Equatorial, o que indica que Santa Catarina pode sentir efeitos. A La Niña é caracterizada por chuvas menos frequentes, mas que quando ocorrem, vem com forte intensidade. Além disso, especialmente no Grande Oeste, a falta de chuva é contrastada com chuvas mais intensas no litoral.

As previsões climáticas chamam atenção para uma intensificação no monitoramento de escassez hídrica no Grande Oeste catarinense, pois este fator pode trazer reflexos diretos no abastecimento de água, na saúde pública e na produção agrícola. O GRAC continua monitorando a situação e adotando medidas proativas para minimizar os impactos dessa possível crise hídrica.

A Defesa Civil, com o apoio de diversos setores, segue em alerta e orienta a população a acompanhar as atualizações do boletim hidrometeorológico, publicado mensalmente, para se manter informada sobre a evolução da situação da estiagem.

Defesa Civil: Proteção é uma responsabilidade coletiva

A Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil enfatizou que a gestão da crise é uma responsabilidade coletiva, envolvendo ações de todos os setores e a conscientização da população. A atuação antecipada é vista como essencial para proteger as comunidades e minimizar os danos causados pela estiagem.

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Texto: Grasiele Aguiar
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